Hayek entre os pós-liberais
Por Rachel Lu1
Lendo “O Caminho da Servidão” na era Trump.
Comecei a ler F. A. Hayek por volta de 2010. Todos estavam fazendo isso; era o momento hayekiano da direita. Eu não tinha tido necessidade de ler Hayek, pois escrevi minha dissertação sobre escolasticismo. Não consegui encontrar uma tradução em latim de O Caminho da Servidão, então tive que me contentar em lê-lo em minha língua nativa, mas ainda assim consegui captar um pouco da sensação inebriante de entrar em um mundo diferente. Hayek me apresentou à lógica do governo limitado. Ainda acho que ele é a melhor introdução que se pode encontrar, pelo menos para leitores maduros demais para se encantarem com John Galt.
Estamos vivendo agora um momento profundamente anti-hayekiano na direita. A batalha entre liberais e pós-liberais continua acirrada, sem sinais reais de abrandamento. O Caminho da Servidão completou 80 anos este ano, e os fãs de Hayek reconheceram a ocasião, mas grande parte da direita hoje se acostumou a falar como se Hayek, e o liberalismo clássico em geral, fossem arcaicos ou desacreditados. O momento hayekiano parece história antiga.
Mas não é. Hayek costumava ser descolado. Hoje, minha afeição duradoura por ele me marca claramente como uma reaganista decadente, mas, na verdade, eu abri o livro pela primeira vez apenas para agradar meus interlocutores populistas, anos depois de Reagan ter sido enterrado. Isso realmente nos faz pensar sobre a progressão vertiginosa das modas passageiras pelas quais o conservadorismo americano passou no século XXI. A volatilidade é deprimente, mas há um sentido interessante em que o conservadorismo vem traçando o caminho para a servidão, explorando suas rodovias e estradas secundárias ao testar agressivamente os limites do raciocínio hayekiano. Não tenho certeza se já os encontramos, mas talvez tenhamos aprendido algumas coisas ao longo do caminho.
Discrepâncias no diagnóstico
Hayek era um pensador perspicaz, que compreendeu que os programas estatais poderiam causar danos tremendos à sociedade civil, minando padrões mais orgânicos de ordem social. Sua explicação do problema do conhecimento é um dos melhores e mais influentes ensaios já escritos em economia, enquanto O Caminho da Servidão é uma obra elegante que mostra como os custos da interferência estatal vão muito além do âmbito econômico. O estado político, moral e até espiritual de uma sociedade é fundamentalmente alterado quando o governo assume funções sociais essenciais. As pessoas mudam fundamentalmente, pois aprendem a reorientar seu raciocínio prudencial em torno da lógica tortuosa e altamente artificial do Estado em constante expansão. Em vez de construir, explorar e aspirar à excelência, elas aprendem a bajular burocratas e redigir pedidos de subsídios. Elas se habituam à desonestidade, à mediocridade e a um sistema de clientelismo tortuoso que inevitavelmente favorece os corruptos.
É um diagnóstico devastadoramente plausível das sociedades modernas. Hayek tem a alma de um humanista e uma profunda apreciação da ligação entre dignidade humana e liberdade humana. Aristotélicos como eu, que são em grande parte repelidos por Ayn Rand, ainda podem ser profundamente comovidos por Hayek.
Apesar de todos esses pontos fortes, sua interpretação de como a intervenção estatal esvaziaria a sociedade civil nem sempre foi presciente. Seria irracional condená-lo com demasiada severidade por isso, dado que muito poucas pessoas previram os problemas reais do final do século XX e do século XXI. Hayek reconheceu que o Estado administrativo moderno minaria os incentivos ao trabalho, mas não percebeu o quanto isso minaria os incentivos das pessoas para se casar, procriar, ir à igreja ou mesmo apenas fazer amigos. Acontece que as barreiras contra o totalitarismo são um pouco mais robustas do que ele temia, enquanto nosso tecido social era mais frágil do que ele (ou qualquer pessoa) esperava. Os americanos de hoje não se preocupam em morrer em campos de concentração, mas se preocupam em morrer sozinhos, e esse pode ser o flagelo que nos deixou vulneráveis a charlatões e demagogos.
Hayek compreendeu como os programas governamentais infantilizam as pessoas, minando a energia e o impulso empreendedor que nos motivam a alcançar objetivos. Tendo testemunhado a ascensão dos nazistas, ele estava profundamente consciente do possível caminho da redistribuição ao totalitarismo e sabia que a tirania mesquinha e o nepotismo tendiam a se metastizar. Por padrões libertários, porém, Hayek estava razoavelmente aberto a reconhecer exceções às suas advertências contra a interferência do Estado. Ele estava preparado para aceitar algum nível de segurança contra desastres fornecida pelo Estado, por exemplo, e uma rede de segurança social mínima. Oferecer aos cidadãos uma proteção contra os infortúnios mais severos da vida parecia-lhe apropriado. Ele refletiu muito mais sobre o trabalho remunerado do que sobre a formação natural da família ou da comunidade. Ele não refletiu muito, por exemplo, sobre a questão dos cuidados: quem deveria fazê-los, por que e em que condições.
Mais uma vez, isso é compreensível. Hayek se preocupava muito com a situação em que pessoas em idade produtiva ou fisicamente aptas passavam a depender de um Estado paternalista. Se as pessoas que deveriam trabalhar não estão trabalhando (ou estão “trabalhando” em empregos que não são realmente produtivos), as coisas desmoronam. Por outro lado, qual a importância de uma pessoa de 90 anos ser sustentada pelo Estado ou por seus netos? A última situação é mais comovente, mas ela ainda não vai abrir uma empresa digna da Fortune 500 em nenhum dos casos.
O tempo nos mostrou a fraqueza desse raciocínio. Parece que as pessoas realmente desistem das relações humanas de forma alarmante, uma vez que deixam de se preocupar com seu bem-estar material. A solidão, a fragmentação e o declínio das taxas de casamento e natalidade seguiram-se ao estado de bem-estar social, a um ponto que nossos antepassados mais recentes teriam achado surpreendente. Os avanços tecnológicos sem dúvida agravaram o problema, mas quando as pessoas escolhem regularmente a companhia de estranhos anônimos na Internet em vez de seus vizinhos e parentes mais próximos, fica claro que os problemas sociais são profundos. Hayek compreendeu que a interferência do Estado muda as pessoas, mas, em alguns aspectos, ele subestimou o problema.
Refletindo sobre os pontos fortes e fracos de O Caminho da Servidão, fica mais fácil entender a oscilação insana da direita entre uma aceitação extrema e sem nuances dos princípios do governo limitado e uma rejeição total deles. Reconhecemos que os programas estatais nos mudaram, inclusive de maneiras que afetam nossas relações humanas, e esses argumentos foram apresentados na era do Tea Party2. Infelizmente, o caminho do governo limitado para o rejuvenescimento cultural nunca foi suficientemente claro. Os conservadores religiosos, em nossa época, estão muito mais preocupados com berços vazios e igrejas esvaziadas do que com o totalitarismo iminente. Algumas pessoas estão dispostas a ir a extremos anarcocapitalistas em prol de uma comunidade orgânica, mas a maioria das pessoas acha isso muito radical e, de qualquer forma, parece politicamente inviável. Aplicações mais moderadas dos princípios do governo limitado são certamente possíveis, mas é muito menos claro como elas abordam os problemas que os conservadores religiosos consideram mais urgentes.
É possível trazer os conservadores religiosos de volta a uma perspectiva mais liberal? Se justapormos a teoria de Hayek à trajetória recente da direita americana, algumas ideias interessantes podem surgir. Como regra, os tradicionalistas não vivem e morrem por princípios liberais. Eles se preocupam com Deus, família e cultura, nessa ordem. Mas, pensando no momento hayekiano (muito recente), podemos sentir um lampejo de esperança: às vezes é possível persuadir os tradicionalistas de que os princípios liberais podem ajudá-los a proteger as coisas que amam. Às vezes, os apologistas liberais cometem o erro de desistir no meio do caminho, contentando-se com um discurso de “liberdade e prosperidade” em vez de seguir o argumento até à fé, à família e à tradição.
Uma estrada longa e sinuosa
Como fazer isso? Primeiro, devemos ter uma noção do panorama. De fato, há um certo fascínio melancólico em folhear o entusiasmo religioso-conservador dos últimos vinte anos. Tem sido uma jornada turbulenta.
Há vinte anos, os conservadores religiosos ainda estavam amplamente unidos contra o Eixo do Mal. O neoconservadorismo desfrutava de alguns momentos de glória. No entanto, a mudança estava no ar, e muitas das mesmas pessoas que criticavam Saddam Hussein logo iriam hastear suas bandeiras de Gadsden e começar a protestar vestidas com trajes coloniais. A provocação imediata para isso, é claro, foi os resgates bancários de 20083, embora o conservadorismo do pequeno governo também tenha recebido um bom sopro de oxigênio com as repreensões de Barack Obama, a loucura do Occupy Wall Street4 e, em seguida, o Obamacare. Após os anos decadentes de Bush, havia uma sensação geral de que era hora de enxugar o caixa. Cancelamos o Garibaldo5 e lembramos ao mundo que nós também o construímos. É claro que, como todos os movimentos populistas, o Tea Party teve seus excessos. Agora, sinto uma estranha nostalgia ao lembrar de ter sido ridicularizada em um fórum de direita, por volta de 2011, por argumentar que provavelmente não havia problema no governo continuar cortando a grama no Cemitério de Arlington.
À medida que o Tea Party se transformava em um novo tipo de descontentamento, houve outro breve capítulo que vale a pena lembrar, centrado nA Opção Beneditina de Rod Dreher. Nesse estranho momento de transição, as frustrações dos anos Obama inspiraram um clamor por uma retirada total. Nossa cultura havia passado do ponto de inflexão. Teríamos que nos esconder em nossos santuários, encontrando consolo em jardins bem cuidados e canecas de cerveja caseira até que a loucura passasse. Era um sentimento compreensível após o esgotamento dos anos Obama, mas talvez tenhamos exagerado na cerveja caseira, porque o quietismo da “Opção Beneditina” rapidamente se transformou em um triunfalismo estrondoso assim que Donald Trump subiu ao palco (ou à escada rolante). Logo, a direita estava repleta de novos guerreiros culturais agressivos: conservadores nacionais, neointegralistas e uma série de revanchistas da dark web com legiões de seguidores jovens. Eles discordavam na maioria das questões substantivas, mas concordavam em pelo menos um ponto: rejeitar o governo limitado. Aquela era, insistiam eles, havia acabado. Era hora de tomar as rédeas do poder e refazer os Estados Unidos à sua própria imagem.
Sem dúvida, Trump foi o principal catalisador dessa última transição. Sua improvável vitória em 2016 convenceu muitos tradicionalistas de que “com Deus, tudo é possível”. Mesmo sem ele, porém, provavelmente teríamos visto algum tipo de iniciativa renovada de guerra cultural. A esquerda progressista impôs-se à força em uma posição de domínio cultural, mas os americanos ainda estavam profundamente divididos sobre isso e, à medida que o entusiasmo inicial da “resistência” esquerdista foi passando, a esquerda mergulhou em suas próprias guerras internas. Ela parecia vulnerável. De qualquer forma, a retirada só funciona quando os outros estão dispostos a deixar você em paz, e mesmo a Ilha Skellig não está tão isolada quanto costumava ser. Se a direita oscilou violentamente entre “tudo está perdido” e “tudo pode ser nosso”, isso reflete em parte como é genuinamente difícil encontrar um equilíbrio razoável entre cultivar comunidades intencionais e perseguir objetivos políticos alcançáveis.
O argumento pode ser reformulado em termos mais hayekianos. Os resgates bancários, o Obamacare e o Occupy Wall Street foram todos considerados, de forma bastante razoável, como evidências de que um Estado superdimensionado estava se transformando em algo maligno. Mas não estávamos a caminho do fascismo ou do coletivismo ao estilo de Mao ou Stalin; mesmo que houvesse apetite para isso, as nossas instituições políticas eram demasiado esclerosadas e pesadas para coordenar uma Revolução Cultural ou uma Kristallnacht6. O estado administrativo nos deixara mal-acostumados, mas estávamos caminhando para o gemido, não para o estrondo, à medida que a tecnologia e o estado de bem-estar social reduziam os cidadãos produtivos a solitários atomizados e alienados, sem objetivos de vida significativos. Não é surpreendente que os opioides tenham sido o flagelo da década seguinte.
Quando a direita assumiu o poder novamente, ela tinha muita raiva justificada, mas pouco apetite por Hayek. Os temores do Tea Party, em retrospecto, pareciam exagerados; o grande governo não havia criado outro Terceiro Reich. Os conservadores da era do Tea Party discutiram as maneiras pelas quais o grande governo havia contribuído para a ruptura social na base, mas essa conversa foi amplamente deixada de lado à medida que a direita se tornava mais desesperada. Hayek não previu esse problema. E ele certamente não ofereceu nenhuma solução plausível.
Os fãs conservadores remanescentes de Hayek enfrentam um grande desafio aqui, na medida em que os programas estatais que mais prejudicam nosso tecido social (assistência social, direitos dos idosos) são também aqueles sem os quais é mais difícil imaginar viver. Precisamos que as pessoas precisem umas das outras, especialmente em tempos difíceis, porque essa interdependência profundamente sentida é parte da cola que mantém as famílias e as comunidades unidas. Mas, por razões óbvias, é difícil gerar muito entusiasmo por reformas que retiram o apoio das pessoas mais pobres e desesperadas, ao mesmo tempo em que facilitam o florescimento dos que já são prósperos. Uma plataforma governamental limitada, moderada o suficiente para atrair um amplo apoio, provavelmente não fará muito para mudar a relação entre cidadãos e Estado de uma forma que ajude a regenerar a comunidade orgânica. Assim, em vez disso, muitas pessoas da direita mudaram de estratégia e começaram a fazer lobby por doações e políticas industriais. Essas medidas podem, na verdade, agravar o problema, mas pelo menos as pessoas conseguem ver uma conexão com os objetivos que realmente lhes importam.
Nesse aspecto, pelo menos, a direita seguiu de perto o caminho descrito por Hayek. O Caminho da Servidão discute a maneira pela qual as intervenções estatais podem parecer absolutamente necessárias quando um problema social não tem outra solução evidente. Com o tempo, é provável que uma solução seja encontrada, mas as pessoas são impacientes e os políticos atendem a essa impaciência. Uma vez criado um programa estatal, os incentivos naturais para buscar soluções melhores e mais orgânicas desaparecem em grande parte.
O governo limitado realmente acabou na direita? Pode ser que sim, mas não necessariamente. As respostas à política da Covid provaram que o impulso não está realmente morto. Os conservadores sociais têm sido inconstantes com Hayek, mas talvez ainda possam ser persuadidos de que o liberalismo clássico (ou uma abordagem fusionista que o incorpore) é o caminho mais promissor a seguir. Tenho três breves sugestões sobre como isso pode acontecer.
Hayek para o século XXI
A primeira é a mais implacável. Esse problema ficará mais fácil se e quando os conservadores mudarem sua atenção para as gerações mais jovens. O conservadorismo do Tea Party fracassou em parte porque a base da direita era muito velha para ele. Os eleitores mais velhos queriam a garantia de que ninguém jamais tocaria em seus direitos, e Trump ficou feliz em lhes dar essa promessa. Era inevitavelmente difícil para o momento hayekiano sobreviver a esses ventos contrários.
O segundo é apenas moderadamente implacável. Hayek, como a maioria das pessoas, não conseguiu prever a extensão da ruptura social porque presumiu que as pessoas, sendo animais sociais, escolheriam em sua maioria permanecer perto de seus amigos, familiares e comunidades em geral. É óbvio que os empregos podem ser um fardo. É preciso um pouco mais de reflexão para reconhecer que as relações humanas também podem ser um fardo, e que muitas vezes as pessoas precisam se habituar ou ser incentivadas a mantê-las. Agora que isso se tornou mais evidente, talvez possamos abordar o problema de forma mais deliberada.
O terceiro ponto é bem benevolente. Em comparação com as gerações anteriores, os jovens de hoje não consideram as relações humanas como algo óbvio na mesma medida. Eles sabem que a solidão e o isolamento são problemas endêmicos da modernidade. Será que eles estariam abertos a um argumento a favor de um governo limitado que não se baseia em um argumento randiano de justiça comutativa, mas sim na afirmação de que os seres humanos necessitam necessitar uns dos outros para serem felizes? Talvez valha a pena tentar.
Os liberais clássicos estão perpetuamente travando uma batalha difícil, no sentido de que suas soluções para os problemas são geralmente difusas e confusas em comparação com as alternativas estatistas. No entanto, apologistas habilidosos como Hayek, Milton Friedman ou Thomas Sowell às vezes conseguem superar esses obstáculos. Precisamos disso agora e, em particular, precisamos do tipo de argumento que possa falar ao mesmo tipo de pessoa que se emocionou com A Opção Beneditina. A direita está em uma longa e sinuosa jornada para algum lugar. Esperemos que seja melhor do que a servidão.
Este artigo foi publicado originalmente pela Law & Liberty em abril de 2024.
Fonte da tradução em Foundation for Economic Education, janeiro de 2025.
Tradução: Larissa Souza
Rachel Lu é editora associada da Law & Liberty e colaboradora da revista America e da National Review. Ela tem doutorado em filosofia e escreve sobre política, cultura, religião e vida familiar.
N. da Trad.: O movimento Tea Party é um movimento conservador, populista, social e político que surgiu nos Estados Unidos em 2009. Em geral, opõe-se à tributação excessiva e à intervenção do governo no setor privado, ao mesmo tempo que apoia controles mais rigorosos à imigração.
N. da Trad.: Os resgates financeiros de 2008 foram um conjunto de intervenções governamentais, principalmente nos Estados Unidos, para evitar o colapso de grandes instituições financeiras durante a crise econômica mundial de 2007-2008. A crise foi desencadeada pelo estourar da bolha imobiliária e pelos empréstimos de alto risco (subprime), levando à falência do banco Lehman Brothers e a um pânico financeiro global.
N. da Trad.: Occupy Wall Street (OWS), longo protesto contra a desigualdade econômica e a corrupção da legislação corporativa, que ocorreu de 17 de setembro a 15 de novembro de 2011, na cidade de Nova York. A manifestação marcou o início de um novo foco na disparidade de riqueza na política americana.
N. da Trad.: Big Bird, da Vila Sésamo. Em 2012, Mitt Romney, então candidato à presidência dos EUA, usou o personagem como exemplo do que seria cortado para contenção de gastos. Em 24 de julho de 2025, a Corporation for Public Broadcasting, que subsidiava o programa infantil, entre outros, foi fechada após o presidente Donald Trump assinar um projeto de lei para corte de gastos.
N. da Trad.: Noite dos Cristais, também chamada de Noite dos Vidros Quebrados. Uma onda de violência antissemita, que ocorreu nos dias 9 e 10 de novembro de 1938, coordenada pelo regime nazista na Alemanha.